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Equilíbrio com vida pessoal estimula a retenção de talentos

por | 03/04/2023 | Artigos, Diversidade

Empresas aprimoram o modelo hibrido e flexível, além de permitirem a escolha do turno ideal

Conhecida fonte de angústias e culpas, a eterna busca pelo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal se tornou menos dolorosa depois da pandemia. Ao menos para as mulheres que têm o privilégio de estar no time de empresas que apostaram na flexibilidade e no modelo híbrido de trabalho incentivado pela covid-19 e decidiram não só mantê-lo como aprimorá-lo.

São pouco mais da metade – representam 52% do total de companhias ouvidas pela pesquisa “Mulheres no Liderança” – mas as que adotaram essa e outras ferramentas que apoiam a conciliação entre vida profissional e pessoal ganham em retenção de talentos, em imagem e também em rentabilidade. “Não foi porque eu tinha dois filhos pequenos e não pude aceitar uma ótima posição em Recife, há 15 anos, que deixei de crescer; a companhia entendeu meus motivos e me ofereceu outra possibilidade de carreira sem sair de Curitiba e sem perder minha rede de apoio”, diz Betina Corbellini, vice-presidente de recursos humanos da Mondelez Brasil, que desde 2019 trabalha em São Paulo.

(…)

Na Daniel Advogados, implantar esse olhar interno para o universo feminino não foi tão difícil, mas só foi possível depois que a própria CEO Alicia Daniel-Shores decidiu sair em busca de uma certificação para o escritório que era administrado e mantido por uma mulher. Do primeiro evento para mulheres empreendedoras de que participou em 2018 junto com a sócia Isabella Cardozo, muita coisa mudou no escritório em que as mulheres representam hoje 52% dos 222 funcionários, 48% do quadro societário e 42% da liderança. Salários entre homens e mulheres foram equiparados, metas de reforço à igualdade com base em gênero e raça foram definidas e, especialmente a partir da pandemia, começaram a surgir programas focados em facilitar o equilíbrio entre o trabalho e vida pessoal.

“Foi uma parceria entre um RH muito mais ativo, que identificava e me trazia disparidades e eu, que me tornara bem mais receptiva”, diz a executiva. Além de auxílio-creche, licenças estendidas e estabilidade de dez meses após o retorno da maternidade, há day off para pais, mães e filhos aniversariantes, espaço amamentação, modelo híbrido, com ida uma vez por semana ao escritório e grupos de afinidades que discutem, por exemplo, a importância da parentalidade responsável.

 

Matéria publicada no Valor Econômico. Clique AQUI para ler na íntegra.

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