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Análise Editorial promove live sobre como formar times plurais na advocacia

por | 23/02/2021 | Artigos, Diversidade

Nesta quinta-feira (29), a Análise Editorial reuniu três advogados para debater sobre a diversidade e inclusão na advocacia: Alicia Daniel-Shores, CEO da Daniel Advogados; Bárbara Correia Florêncio Silva, advogada integrante do grupo SOMA e da equipe pro bono do Mattos Filho Advogados e Felipe Caon, presidente do comitê +Diversidade e sócio do Serur, Camara, Mac Dowell, Meira Lins, Moura e Rebelo Advogados. O encontro contou com a mediação de Silvana Quaglio, diretora-presidente e publisher e com os comentários de Anna Carolina Romano, coordenadora de conteúdo e Ricardo Borges, jornalista da Análise Editorial.

O bate-papo teve início com a apresentação dos programas desenvolvidos pelas bancas para colaborarem com a formação de um time diverso. Alicia explica que Daniel Plural é o nome do programa de diversidade e inclusão do escritório, que aborda políticas em favor de mulheres, diversidade racial e de idade. Neste mês, a banca lançou um livro que retrata a jornada deste programa com os resultados alcançados nas esferas de gênero, raça e geração.

Bárbara detalha que o Mattos Filho Advogados possui um programa de diversidade estruturado em cinco pilares: Equidade Racial (SOMA), Liberdade Religiosa (LIRE), Inclusão de Pessoas com Deficiência (EM FRENTE), LGBTQIAP+ (MFRIENDLY) e Mulheres (4WOMEN). O escritório considera que cada uma das minorias deve ser representada por um grupo de afinidade.

Para apresentar o +Diversidade, Felipe conta que criar o comitê foi muito importante para verificar o que ocorria internamente na banca. O projeto possui destaque no trabalho desenvolvido na promoção da diversidade e inclusão, especialmente de pessoas LGBTQI+ com profissionais que aliam sua expertise na atuação das funções jurídicas até a contribuição para um ambiente profissional com mais respeito às diferenças.

A mediadora, Silvana Quaglio, menciona a dificuldade de realizar a inclusão social nas companhias, pois ainda existe uma tradição de contratar apenas profissionais formados em universidades renomadas.

Ao serem questionados sobre possíveis dificuldades para encontrar e contratar bons profissionais que fazem parte de quadros minoritários, Alicia é enfática ao dizer que basta apenas vontade política, para ela existe um universo que basta querer descobrir.

A profissional também acredita que as empresas, principalmente as estrangeiras, com as quais os escritórios se relacionam tem um papel relevante para pressionar as bancas a se colocarem de forma inclusiva e diversa.

Silvana complementa com informações da próxima publicação do Análise Advocacia, sobre escritórios possuírem ou não políticas de inclusão e 42% das bancas participantes do levantamento optaram por não responder a questão. Dos 58% que responderam, há uma quantidade de seis para cada dez que ainda não adotaram as iniciativas de inclusão e diversidade.

Para encerrar a conversa, os convidados deram dicas de como os escritórios e empresas podem se colocar frente à situações com falta de diversidade e inclusão, para isso mencionam não ter vergonha de quem se é, verificar sua volta sempre com um olhar questionador para buscar construir a mudança em conjunto e incentivar quem ainda não aderiu ao movimento de mudança.

 

Matéria publicada no Análise Editorial. Leia aqui.



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